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De acordo com dados da Organização Meteorológica Mundial (OMM) o ano de 2023 foi o mais quente da história. No Brasil esse cenário não foi diferente. Ficamos 0,69 ºC acima da média histórica, considerando dados colhidos desde 1991. Segundo levantamento do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), dos 12 meses do ano passado, em 9 deles as médias mensais foram acima da média histórica. E outro dado com relação a esse cenário é de que ao longo de 2023 foram registrados nove episódios de onda de calor, reflexo também do impacto do fenômeno El Niño (no qual ocorre um aquecimento acima da média das águas do Oceano Pacífico Equatorial).
O ano de 2024 não começou diferente, com temperaturas elevadas sendo registradas em várias regiões do país.
E no que isso pode impactar na produção de folhosas?
O título desse texto faz referência a produção de folhosas no verão de 2023/2024 na região Sudeste do Brasil. Região essa que corresponde a mais de 60% da produção desse segmento em nosso país. Essa estação usualmente reflete em maiores demandas de folhosas e, consequentemente no aumento no plantio por parte dos produtores, justamente para atender essa demanda e por ser uma época em que as condições de produção são mais difíceis, ocasionando maiores perdas. Perdas essas que ocorrem principalmente pela união de altas temperaturas com alta umidade (maior índice de chuvas) que são condições para doenças bacterianas se desenvolverem por exemplo e que podem causar danos elevados a uma lavoura.
O que se passa nos últimos meses é que as temperaturas estão acima da média, porém o nível de precipitação está abaixo nessa região. Com temperaturas altas, mas sem umidade algumas culturas do universo das folhosas estão tendo mais dificuldades para se desenvolver, como por exemplo:
Autor:
Gustavo Hacimoto
Especialista de Desenvolvimento de Produto