Melhoramento de folhosas

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Melhoramento de folhosas

Desafios da produção de folhosas durante o verão 2023/2024 na região Sudeste do Brasil

Melhoramento de folhosas

Para quem atua no desenvolvimento de novas variedades de folhosas, há sempre um dilema presente: buscar materiais com tolerâncias a doenças e com elevada produtividade? Variedades que conseguem ter mais dias de prateleira/pós-colheita? Ou então aquelas que são mais nutritivas e saborosas? Melhor ainda, não seria melhor combinar todas essas características num só material? Com certeza seria a última opção, aliando características importantes para quem produz, para quem entrega e comercializa e para o consumidor.

Porém sabe-se que a união de todas as características positivas nem sempre é possível. Ou melhor, é quase que impossível de se encontrar. No melhor dos mundos teríamos uma alface americana com tolerância a doenças como Xanthomonas, Pseudomonas, Erwinia, Fusarium, Septoria, Cercospora, a diversas raças de míldio, com alto número de folhas, com ótima formação de cabeça, que dure um mês na geladeira e com sabor. Mas nas etapas do melhoramento genético muitas vezes quando se consegue uma característica desejável, perde-se em outra.

Para se chegar numa variedade aceita comercialmente por produtores, comerciantes e consumidores leva-se tempo. É preciso validar inicialmente o desempenho do material no campo ou hidroponia para que se avance a outras fases. É verdade que para folhosas esse processo de desenvolvimento visando a “porteira para fora” ainda está em processo de desenvolvimento. Ainda se olha mais da “porteira para dentro”, buscando características que agreguem na produção em si do que se o material possui sabor e qualidade para quem consome. Mas é um cenário que vem mudando e que faz todo sentido pensar do lado de quem está consumindo em casa ou num restaurante uma alface com sabor e que agrade ao paladar.

 

Autor:

Gustavo Hacimoto
Especialista de Desenvolvimento de Produto